"Quando, desde o título, anuncia “não sou dessas”, ela encontra a única possibilidade de afirmação nesta negativa: não sou aquilo que querem que eu seja. Tarefa difícil, sobretudo para mulheres, e ao mesmo tempo cada vez mais necessária. Um dos legados deixado pelo feminismo do século XX foi a possibilidade de nos rebelarmos contra as formas pré-determinadas de gênero. Para as mulheres, um desafio ingrato (para os homens também, mas por outras razões que não vêm ao caso). Não se encaixar em padrões de feminilidade – seja lá o que isso quer dizer – pode significar, como nos relatos de Lena, rejeição social e masculina, desprezo por si mesma, angústia e ansiedade. Vencer a ideia de que há um jeito certo de ser mulher é um dos bons resultados do livro. Afinal, trata-se de uma jovem cuja mãe lhe ensinou o valor do movimento feminista e que faz questão de se incluir nessa linhagem quando escreve: “Entendi que o feminismo era um conceito valioso muito antes de perceber que eu era uma mulher, ao ouvir minha mãe e suas amigas discutirem os desafios de navegar no mundo das artes dominado pelos homens” (Carla Rodrigues). ( |
Lena Dunham em foto oficial de divulgação do livro (Autumn de Wilde/Divulgação) http://www.blogdoims.com.br/ims/garotas-substantivo-plural |
Esse blog busca reunir informações, dicas, produções, publicações a partir das construções identitárias que perfazem-se a partir das categorias infância, gênero, classe, etnia, geração, lançando um olhar especial às produções culturais infantis. Assim, direciona-se a todas e a todos que tenham interesse em conhecer e investigar o universo infantil, pesquisadores/as, professores/as, pais, mães, crianças, os/as quais igualmente estão convidados/as a contribuir, trocar experiências e dialogar.
sábado, 13 de dezembro de 2014
Garotas e feminismos: "Não sou uma dessas" (Lena Dunham)
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