terça-feira, 11 de novembro de 2014

Por que gosto de crianças?

http://ojornalzinho.wordpress.com/2014/11/10/por-que-gosto-de-criancas-texto-na-epoca-explica-minha-pesquisa/



Esqueça essa história de que elas são puras, angelicais e ingênuas. O ser humano não é assim; e elas não são alienígenas. Também não quer dizer que perto delas nos sentimos mais jovens. Balela: elas têm uma energia que nos faz lembrar como já tivemos mais fôlego. Elas são engraçadas o tempo inteiro? Ao contrário. As menores não se constrangem em mostrar a tristeza e, como num drama televisivo mexicano, aprofundam a dor enquanto podem.

Eu gosto de crianças porque elas são um desafio. Pouco treinadas na arte das regras sociais, subvertem os códigos das respostas esperadas, dos comportamentos aceitáveis, do contrato de boas maneiras. Eu não quero dizer que adoro crianças birrentas e mimadas. Aliás, é comum ouvirmos hoje que os “miúdos”, como se diz cá em Portugal, estão cada vez mais terríveis. Mas não há nada de errado ou diferente com os meninos e meninas de hoje. O que parece ter mudado é o crescimento de uma dificuldade profunda dos pais em mostrar a seus filhos que a vida cotidiana é formada também por tijolos de frustração, entremeados por incompletude em massa.  O processo de educar, no sentido doméstico do termo, é mostrar que fazemos o possível, e conseguimos o que podemos.
Por Juliana Boretto

domingo, 9 de novembro de 2014

reportagem: O Plano Nacional de Educação e o golpe do fundamentalismo sobre a diversidade



Nas últimas semanas de março, o conservadorismo fundamentalista, cada vez mais organizado politicamente no Brasil, logrou uma importante vitória em sua agenda política. E, desse modo, impôs uma dura e lamentável derrota sobre todos aqueles que lutam e aspiram pela construção de uma sociedade menos discriminatória, violenta e desigual. O lobby conservador e fundamentalista no congresso nacional conseguiu excluir do texto do novo Plano Nacional de Educação (PNE) os itens que enfatizavam, no combate às desigualdades educacionais, a “promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual”, substituindo-o por um genérico e vazio “promoção da cidadania e erradicação de todas as formas de discriminação”.
 Para os parlamentares contrários ao texto original do PNE, o trecho original, em especial os pontos à propósito de gênero e sexualidade, abririam caminho para novas tentativas de elaboração e distribuição de materiais escolares considerados “impróprios” pelo seu teor e papel na estimulação e incentivo da sexualidade e da homossexualidade. Seria mais um passo para a destruição da “família natural” (sic), afirmam. (por Alysson Freire)

Pesquisa: por ser menina no Brasil




A pesquisa “Por Ser Menina no Brasil: Crescendo entre Direitos e Violências” teve como objetivo verificar o contexto de direitos, violências, barreiras, sonhos e superações a partir do próprio olhar das meninas. Os resultados acabaram trazendo à tona um contexto de gritantes desigualdades de gênero, que prejudicam o pleno desenvolvimento das suas habilidades das meninas para a vida.


Relatório Completo:

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Video: homofobia e Bolsonaro - preconceito nas PP

https://www.facebook.com/video.php?v=139277452909175&set=vb.130614307108823&type=2&theater

Acreditar que as pessoas podem fazer justiça com a próprias mãos é acreditar que elas podem punir tudo que consideram errado.

A mãe de Alexandre Thomé Ivo Rajão, de 14 anos que foi assassinado em junho de 2010, conversou com Stephen Fry neste trecho do documentário "Out There" sobre a situação dos homossexuais em diferentes países do mundo. 

Essa situação piora quando o discurso vem assim: "eu te aceito, mas não aceito suas práticas". seria algo do tipo: "aceito que você seja canhoto, mas não venha escrever com a mão esquerda perto de mim". Dizer que o casamento igualitário não deveria ser aprovado porque a sua religião não permite faz tanto sentido quanto dizer para alguém não comer um pedaço de bolo porque você está de dieta.

Essa história de "aceito" já parte de um pressuposto que a pessoa é superior e precisa aceitar o outro, ninguém é superior a ninguém quando se trata de orientação sexual, apenas reconheça as diferenças e a importância delas.

Eu vejo que muitas pessoas ainda confundem liberdade de expressão com um suposto direito de oprimir e incitar o ódio, causando assim muitas agressões, físicas e psicológicas, e até mesmo mortes violentas. O discurso de Jair Bolsonaro alimenta o ódio dos homofóbicos e transfóbicos, ódio esse que mata membros da comunidade LGBT todos os dias. O “X” da questão é o ódio que se dissemina e não devemos permitir que façam do outro o seu brinquedo de “caça as bruxas”.

O conservadorismo é assassino, infundado e insensível. Fundamentalismo religioso mata, mas, antes de matar de fato, ele mata a vítima por dentro, agredindo-a até colocá-la em uma posição de inferioridade, a qual somente o mais politizado será capaz de superar.

O conservadorismo mata mulheres, vítimas do machismo, e moças pobres que precisam recorrer aos abortos ilegais, sem segurança. Também mata crianças e adultos que sofrem de doenças como a síndrome de Dravet, cujo tratamento mais eficaz é à base de maconha. E mata travestis, gays, lésbicas e qualquer outra pessoa que julgar necessário matar. O maior problema do conservadorismo é que ele mata todos os dias, por ser a força mais vil da sociedade.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Filme: relação com a pternidade (favela news)

https://www.youtube.com/watch?v=fWxJy1EMwh0&feature=youtu.be

Depoimento de cientista que virou mãe

https://www.facebook.com/cientistaqueviroumae/photos/a.217323741713458.45124.215524625226703/651063465006148/?type=1&theater

O sincero depoimento abaixo agrega aquilo que temos defendido e reivindicado: a ampliação do espaço das crianças e que estes possam, por que não, acontecer quanto mais em universos compartilhados com adultos. Como forma inclusive de agregar às situações onde vigora essa visão excessivamente produtivista e tecnocrática outras tantas formas de refletir e reinventar o mundo. Somente gostaria de ampliar uma certa concepção de família que pode aparecer implícita aqui, fora de seu contexto original, que incita enfatizar a relação mãe-filha em detrimento a outros tantos possíveis laços de amor e afetos que unem adultos e crianças, de sangue ou não, sbretudo como forma de exaltar a figura paterna. Obrigada, Ligia, por compartilhar desse sentimento tão comum de quem vivencia cotidianamente os dramas e as alegrias de quem está absolutamente envolta nessa união