sábado, 31 de janeiro de 2015

Pesquisa: O que é ser menina no Brasil

O que é ser menina no Brasil? – Desigualdade de gênero desde a infância


POR ELIZIANE LARA

Desde que a entrada da mulher no mercado de trabalho se consolidou, nos acostumamos a ouvir a expressão “jornada dupla”. Ela serve para explicar que a mulher trabalha fora de casa e quando volta ainda tem que realizar todas as tarefas de casa, diferentemente dos homens que, em geral, assumem bem menos atividades no lar. O que revela uma pesquisa inédita realizada pela Plan, organização internacional que atua na defesa de direitos da criança, é que essa jornada dupla feminina, no Brasil, começa já na infância.
Intitulado “Por ser menina no Brasil: crescendo entre direitos e violências”, o estudo ouviu 1.771 meninas de 6 a 14 anos nas cinco regiões do país e constatou uma desigualdade gritante na distribuição de tarefas domésticas entre meninas e meninos. Para se ter uma ideia do tamanho desse abismo, 81,4% das meninas relataram que arrumam a própria cama, tarefa que só é executada por 11,6% dos irmãos meninos. 76,8% das meninas lavam a louça e 65,6% limpam a casa, enquanto apenas 12,5% dos irmãos lavam a louça e 11,4% limpam a casa. E a lista de atividades realizadas pelas meninas não para por aí, como mostra a tabela abaixo.
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http://lab.oficinadeimagens.org.br/?p=4033

Quem faz o quê em casa 2

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Artigo: Heroínas em imagem e ação

http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/artemis/article/view/22538

Juliane D. P. Q. Odinino

Resumo


Residentes na cultura midiática infantil, as personagens de desenho animado desfrutam hoje de um lugar de destaque: são constituintes das subjetividades infantis contemporâneas, incentivando e disseminando rígidos padrões culturais de feminilidade e masculinidade. As personagens femininas, ao longo das últimas décadas, vêm apresentando mudanças significativas que remetem às transformações culturais concernentes aos agenciamentos e aos engendramentos nomeadamente femininos, os quais são incorporados e expressos na cultura de consumo. O artigo procura apontar e problematizar as principais transformações que conduzem as representações da
heroína-vítima às superpoderosas no contexto da cultura de consumo dirigida às crianças que culminam na representação e nas agências das personagens femininas do desenho animado das Meninas Super Poderosas.