As produções pedagogizantes para crianças assustam por que desnudam o discurso sobre o lugar restrito da criança na sociedade, muitas vezes a da criança pura, ingênua, infantilizada. Trouxe esses vídeos para pensarmos sobre a ainda "polêmica": menino brinca de boneca? Ainda que haja uma postura aparentemente inovadora, há uma série de elementos que aprisionam a criança dado seu lugar social. Mais do que isso, ditam verdades que são incorporadas, vividas e ressignificadas no universo das crianças em meio a seus pares. Quantas determinações aparecem acerca dos papéis de gênero, suprimidos na heteronormatividade, inteligíveis somente pelos pares de opostos: masculino e feminino. Além dos modelos característicos do binômio, não se transcende na discussão: coisa de menina e coisa do menino, ou seja, seus universos estão demarcados, onde se pode em algumas poucas situações transitar por elas. Somente transitar, sem jamais assumir um possível lugar comum. Assim, sobre a capa da "igualdade de gêneros" esses discursos continuam sendo fomentados e respaldados a partir das diferenças. Sem contar na projeção do papel de pai, ainda relagada ao segundo plano, na condição de auxiliar nas tarefas maternais. Triste é pensar que ainda perpassa esses discursos uma visão amparada em binômios como: Natureza/cultura, atividade/passividade, doméstico/público entre outros. Quando iremos complexificar ao invés de simplicar quando o assunto é criança?
Esse blog busca reunir informações, dicas, produções, publicações a partir das construções identitárias que perfazem-se a partir das categorias infância, gênero, classe, etnia, geração, lançando um olhar especial às produções culturais infantis. Assim, direciona-se a todas e a todos que tenham interesse em conhecer e investigar o universo infantil, pesquisadores/as, professores/as, pais, mães, crianças, os/as quais igualmente estão convidados/as a contribuir, trocar experiências e dialogar.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
vídeos: "Menino brinca de boneca?"
As produções pedagogizantes para crianças assustam por que desnudam o discurso sobre o lugar restrito da criança na sociedade, muitas vezes a da criança pura, ingênua, infantilizada. Trouxe esses vídeos para pensarmos sobre a ainda "polêmica": menino brinca de boneca? Ainda que haja uma postura aparentemente inovadora, há uma série de elementos que aprisionam a criança dado seu lugar social. Mais do que isso, ditam verdades que são incorporadas, vividas e ressignificadas no universo das crianças em meio a seus pares. Quantas determinações aparecem acerca dos papéis de gênero, suprimidos na heteronormatividade, inteligíveis somente pelos pares de opostos: masculino e feminino. Além dos modelos característicos do binômio, não se transcende na discussão: coisa de menina e coisa do menino, ou seja, seus universos estão demarcados, onde se pode em algumas poucas situações transitar por elas. Somente transitar, sem jamais assumir um possível lugar comum. Assim, sobre a capa da "igualdade de gêneros" esses discursos continuam sendo fomentados e respaldados a partir das diferenças. Sem contar na projeção do papel de pai, ainda relagada ao segundo plano, na condição de auxiliar nas tarefas maternais. Triste é pensar que ainda perpassa esses discursos uma visão amparada em binômios como: Natureza/cultura, atividade/passividade, doméstico/público entre outros. Quando iremos complexificar ao invés de simplicar quando o assunto é criança?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário